No mundo da informação e do debate público, poucos veículos têm a coragem de antecipar tendências e denunciar esquemas de poder antes que esses temas sejam amplamente reconhecidos. O Instituto Estudos Nacionais tem se destacado por sua capacidade de prever movimentos políticos, culturais e ideológicos que, mais tarde, se tornam evidentes para o público conservador e cristão. No entanto, essa postura visionária tem um custo: a incompreensão momentânea de muitos leitores, que por vezes interpretam essas análises como exageradas ou irreais, quando não parte de um esquema ideológico subterrâneo. Ainda assim, essa é uma escolha deliberada do Instituto, que entende que a busca pela verdade deve prevalecer sobre o conforto da aceitação imediata.
O valor da previsão antecipada
A capacidade de antecipar mudanças sociais e políticas não é fruto do acaso. Ela deriva de uma análise profunda dos sinais, discursos e ações que, para muitos, passam despercebidos. Em linhas gerais, as referências e fontes intelectuais do Instituto estão alicerçadas na obra do filósofo Olavo de Carvalho, sobre a mentalidade revolucionária, a teoria do Estado, teoria do poder, os quatro discursos aristotélicos, entre outras contribuições do professor. Ao longo do tempo, outras fontes foram sendo acrescentadas para completar quadros de análise de cada momento. Após a morte de Carvalho, muitos de seus ex-alunos dedicaram-se a uma atividade econômica ou jornalística, pautada muitas vezes na repetição de certas formas usadas pelo professor sem, no entanto, ater-se ao método por ele ensinado.
Olavo de Carvalho se notabilizou exatamente pela antecipação de tendências revolucionárias a partir da análise das fontes primárias daqueles agentes de transformação social. Como no caso em que alertou a existência do Foro de São Paulo, uma organização que determinou o avanço e tomada de poder da esquerda na América Latina e no Brasil. Se hoje ninguém duvida da existência de tal organismo, na época de sua denúncia toda a classe jornalística nacional, mas também a direita política, entre liberais e militares, desdenhavam dos seus alertas.
A antecipação, portanto, pode causar um efeito paradoxal no público: ao alertar para tendências ainda não perceptíveis ao público em geral, o Instituto Estudos Nacionais frequentemente encontra resistência até mesmo entre aqueles que compartilham suas preocupações, como cristãos conservadores.
Um exemplo claro dessa capacidade preditiva foi a denúncia precoce da ascensão de ideologias globalistas que buscavam influenciar diretamente as políticas nacionais, as políticas de fact-checking e o consórcio de George Soros, temas que se tornaram populares na direita, mas que fizeram parte da pauta principal do EN desde sua fundação, em 2016. No momento em que essas análises foram publicadas, muitos conservadores e cristãos ainda não viam a amplitude desse movimento. Apenas anos depois, diante da politização da direita no governo Bolsonaro, popularizaram-se alertas sobre as consequências que começaram a afetar diretamente a vida cotidiana, momento em que o EN se tornou fonte importante e reconhecida.
O preço da incompreensão
A história demonstra que aqueles que antecipam mudanças e denunciam estruturas de poder são frequentemente mal compreendidos. Em diferentes períodos, pensadores e jornalistas que ousaram prever crises políticas ou culturais foram inicialmente desacreditados, apenas para serem lembrados mais tarde como visionários. Essa dinâmica não é diferente para o Instituto Estudos Nacionais.
Ao trazer à tona pautas ainda pouco debatidas nos meios conservadores e cristãos, o Instituto enfrenta o desafio da resistência inicial. Isso ocorre porque a aceitação de novas realidades exige que o leitor reavalie suas crenças sobre a dinâmica dos acontecimentos políticos, um processo que nem sempre ocorre de forma rápida. Muitas vezes, a negação é a primeira reação, pois admitir certas verdades pode ser desconfortável. É o que vemos, por exemplo, sobre a colaboração de Trump com Putin, o que tem levado conservadores ao silêncio seletivo, uma atitude de negação frente à incompreensão e não aceitação da realidade.
Apesar dessa resistência, o Instituto Estudos Nacionais mantém seu compromisso com a verdade. Nosso site compreende que sua missão não é apenas informar, mas preparar seus leitores para compreender o cenário futuro e agir com antecedência, uma missão que herdou de Olavo de Carvalho e outros autores que nos ensinam sobre a importância da orientação para a busca correta da verdadeira sabedoria. Essa visão estratégica é fundamental para que a sociedade não seja pega de surpresa por transformações que poderiam ter sido mitigadas com um olhar atento desde o início.
Ênfase na defesa da Igreja Católica
Outro aspecto muitas vezes incompreendido pelo público ou por parte da direita conservadora consagrada no Brasil, é a defesa intransigente que o Instituto passou a enfatizar sobre a Igreja Católica, mãe e mestra da verdade por ter sido ela fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, e fora da qual não há salvação. Essa perspectiva veio acrescida a partir de outra inspiração: a do professor doutor Plinio Corrêa de Oliveira, exemplo de ativista católico que soube prever, mais por um dom profético do que pela análise intelectual, as tendências revolucionárias e acontecimentos do seu tempo. Este acréscimo deu ao EN um novo fôlego e pretende aprofundar ainda mais a compreensão do fenômeno revolucionário dentro da única perspectiva correta da história que é a da doutrina católica.
No entanto, o mundo atual carece de meios de subsistência reservados a um tal tipo de jornalismo, que se pauta pela análise sincera e radical da verdade sem o medo da inadequação discursiva ou a incompreensão de seu público. O preço da orientação na realidade contemporânea é caro, mas necessita ser pago não apenas por uma causa humana e temporal, mas por razões espirituais muito acima da mera divulgação e análise dos fatos em si mesmos.
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