Em 2016, a primeira vitória de Donald Trump foi recebida com preocupação por toda a elite globalista. Há que se perguntar: com tanto poder, como eles deixaram isso acontecer? A resposta parece estar evidente no segundo mandato do bilionário dono de cassinos e negócios imobiliários. Trump já se revelou um imenso e evidente Cavalo de Troia dos russos na América e na Europa, algo que tem surpreendido muitos conservadores, mas também levado a silêncios constrangedores por parte de outros. O EN tem publicado artigos comprovando esta triste realidade a partir das antigas e documentadas ligações do bilionário com os soviéticos.
Afinal, uma grande parcela da direita mundial já se encontra cativa da ideologia russa do eurasianismo ou, no mínimo, simpática à invasão russa do território ucraniano, bem como ao projeto expansionista que encontra justificação numa nova agenda global multipolar. Estes se viram grandemente justificados com as ações de Trump e apenas festejam as investidas do americano em favor da Ucrânia.
Uma segunda parcela da direita permanece, porém, em estado de negação, aquela fase psicológica em que não se quer acreditar no que está vendo e procura todo tipo de explicações mirabolantes. Eles procuram minimizar o problema com a presunção de ressignificar os acontecimentos.
Estes últimos, buscam analisar “friamente” a reviravolta dos EUA contra a Ucrânia, alegando tratar-se de uma estratégia para negociar melhor com Putin. A recente declaração de possível sanção à Rússia reforça essa tese da “estratégia”. O problema é que Trump não é apenas um jogador do mundo dos negócios, mas há infindáveis evidências de que se trata de um típico agente de desinformação a serviço do Kremlin, como alertamos num artigo recente.
A medida de Trump em suspender o compartilhamento de dados de inteligência com a Ucrânia simplesmente dá todas as vantagens às forças militares russas para o avanço ao território ucraniano, que se vê sem defesas. A suspensão da ajuda militar chama mais a atenção, mas de longe não representa o tamanho do golpe como a questão dos dados de inteligência.
O grande sucesso de Trump tem sido jogar a direita mundial dentro do mundo multipolar de Putin, nova conjuntura globalista após iniciado o processo de saturação revolucionária, estágio de transformação dialética que a grande maioria dos conservadores até estudou, mas parece ter esquecido provisoriamente para poder gozar das celebrações de pequenas e irrelevantes vitórias sobre a agenda woke.
Com essa movimentação, Trump entra na presidência dos EUA como um Cavalo de Troia cheio de russos e, em outro sentido, insere os militantes conservadores dentro das fileiras do projeto expansionista do Império Russo. Quem diria? O velho anticomunismo tem sido, aos poucos, reconfigurado para um novo antiamericanismo que naturalmente traz o antiocidentalismo como principal agenda de superestrutura.
Junto da agenda eurasiana caminha a agenda islâmica. Na Europa, partidos de direita, ditos conservadores, como o PP, enaltecem o Ramadan, sem mencionar a Quaresma. Esta é uma mudança profunda. Na Inglaterra, muitos citam a homenagem do Rei Charles III ao Ramada e ao povo islâmico, e seu igual silêncio sobre a Quaresma, mas os conservadores deixam de lado o bilionário muçulmano que financia o partido do principal ativista conservador britânico, Nigel Farage. Só o EN noticiou o fato, assim como o novo anseio de direitistas alemães pela migração islâmica, preferível à migração norte-americana “atlantista”.
Nas próximas semanas, o EN irá publicar mais artigos demonstrando a grande operação de colheita russa das antigas operações de subversão soviéticas.