A data em que a Igreja recorda o terrível Massacre dos Inocentes, ocorrido sob as mãos do tirano Herodes, é 28 de dezembro, mas o governo brasileiro decidiu se antecipar à data e propõe uma resolução para ampliar o aborto de maneira chocante. O documento é do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), que autoriza o aborto em adolescentes menores sem o consentimento de seus familiares e responsáveis, obrigando até mesmo os hospitais a afastar da mãe os profissionais que ousem defender a vida do bebê.
Valendo-se do usual cinismo tecnicista dos especialistas em “direitos humanos”, o documento do órgão que pertence ao Ministério dos Direitos Humanos choca pela frieza com que advoga verdadeiro morticínio de inocentes em pleno Natal.
A resolução evoca uma suspeita proteção às “ideias e crenças” da criança, libertando-a do maléfico jugo de seus pais em favor da ideologia mortal que os genitores sanitários decidiram. O tom do texto é de “proteção” da criança contra ideias que a possam dissuadir de matar o bebê que cresce tranquilo no seu ventre. Afinal, nada pode interferir “o direito da criança de usufruir de seus direitos sanitários”, como consta no texto. É assim que se expressa sobre a morte de inocentes o vernáculo satânico da minuta.
O texto, divulgado pelo jornal Gazeta do Povo, contém princípios e regras de evidente promoção da morte provocada do nascituro. Nos casos de atendimento de crianças e adolescentes alegadamente abusadas, a minuta determina que seja provocada a morte do bebê de maneira intencional (acreditem ou não, o uso da palavra para isso traz risco de ação judicial), independente da autorização de pais ou responsáveis.
No texto, diz:
CONSIDERANDO que a Organização Mundial da Saúde (OMS), em suas Diretrizes sobre cuidados no aborto, recomenda que o acesso à interrupção legal da gestação por crianças e adolescentes seja garantido independentemente da autorização de outra pessoa o instituição, cabendo aos responsáveis legais apenas o oferecimento de suporte e fornecimento de informação imparcial, de modo que a decisão seja baseada nos valores e preferência da pessoa gestante e não condicionada a autorização de terceiros;
Ou seja, a minuta simplesmente “liberta” as crianças abusadas de quaisquer responsabilidades de seus genitores ou responsáveis, entregando-a inteiramente de maneira cativa aos militantes de plantão da ideologia da morte proposta pela Organização Mundial da Saúde e sua horda de demônios.
Evidentemente, a minuta determina que se aja rápido. A morte pode ser cumprida até mesmo quando os pais da criança abusada sejam contra ou nem sequer saibam do procedimento. Também poderia ser feito independentemente do tempo de vida do feto, chegando, quem sabe a termo da gestação, quando o procedimento exige um parto após o cumprimento da atrocidade.
O órgão do Ministério dos Direitos Humanos também obriga que hospitais mantenham em seus quadros médicos os profissionais que aceitem cometer a crueldade nas meninas em qualquer fase da gestação, discriminando, assim, quaisquer médicos que evoquem direito da vida do fruto da gestação ou de liberdade de consciência da mãe.
A revista Regina Milites e o Instituto Estudos Nacionais recomenda que nossos leitores entrem em contato com seus deputados e senadores para impedirem tamanha tragédia. O aborto é um mal que clama aos céus por vingança e poucos ficarão impunes pelo massacre de inocentes que ocorre no mundo, seja pela ação ou pela omissão nesta matéria.
O aborto é um pecado, acima de tudo, contra o próprio Deus, autor da vida. Em segundo lugar, à inocência própria da vítima, culminando num ato de crueldade que rebaixa o ser humano para aquém das bestas. Por fim, também se trata de uma violação ao direito natural à vida humana, este que decorre exclusivamente do direito que tem Aquele que dá a vida e o único que a pode tirar.
Nossa Senhora de Guadalupe, protetora dos nascituros!
Ó Senhora nossa Maria Santíssima! Carregados de imperfeições, pecados e vícios, ousamos comparecer diante do vosso trono de bênçãos. Não vimos aqui para pedir-vos nem ouro nem prata, nem riqueza alguma. Nem sequer vimos falar de nossas necessidades espirituais.
Viemos, tão somente, para apresentar-vos a nossa súplica em favor daqueles a quem é negado o direito sagrado de nascer, em favor dos que têm a vida ameaçada por aqueles que a deveriam defender.
Senhora, iluminai as mulheres que têm o poder de gerar, mostrai-lhes o quanto é maravilhoso ser mãe. Despertai a consciência dos médicos, para que jamais cortem essas flores em botão, sob o falso pretexto de proteção à vida das mães.
Ó vencedora das grandes batalhas de Deus! Fazei compreender aos homens que não é a fecundidade humana que torna o mundo pequeno, e sim as injustiças e a ambição desenfreada.
Ó Senhora Protetora dos nascituros, fazei valer Vossa onipotência suplicante diante do trono do Divino Salvador, a quem protegeste contra a perseguição de Herodes, fugindo para o Egito.
Finalmente, vos pedimos, Senhora: multiplicai os apóstolos da Vida, como as estrelas do céu e as areias das praias, para que os partidários do aborto e as mães e pais indignos deste nome, se sintam confundidos e arrependidos. Reconhecendo a sua crueldade, se voltem a Deus, fonte da Vida. Fazei que, quanto antes, seja proclamada a vitória da vida sobre a morte, e o sorriso das crianças seja a alegria de todos os lares.
Nossa Senhora de Guadalupe, protetora dos nascituros, rogai por nós!