Edmilson Martins
Parece que um dos fins objetivados pelas guerras inventadas pelas elites é a devastação dos lugares sagrados cristãos e a profanação de suas datas santas, bem como a dispersão da presença cristã de lugares sensíveis e tradicionalmente relacionados com o simbolismo geográfico e sua reverberação no domínio sutil e espiritual.
Tudo isso tem a finalidade de diminuir a influência espiritual do Cristianismo em face de outro poder “espiritual” que deseja criar uma “nova era”. Provavelmente, tudo isso tem alguma conexão com a ideia das Sete Torres do Diabo, centros de dispersão de influência demoníaca cuja existência foi trazida ao público “profano” por René Guenon. A possível existência destas áreas geográficas foi um assunto que ganhou importância política e ideológica a partir do debate entre Olavo de Carvalho e Alexander Dugin.
Espalhadas pelo Oriente e pela África, as Sete Torres formariam uma imagem invertida da Ursa Menor. O urso está relacionado com a casta da nobreza (kshatriya) e sua reprodução provavelmente tem relação com a revolta metafísica da casta kshatriya contra a casta sacerdotal (bramane). Algumas destas “torres” podem ter um suporte tangível e outras não.
Isso evoca também a ideia do simbolismo dos sete planetas e os sete senhores dominadores (arcontes) das respectivas esferas celestes, em seu aspectos ou “reflexos” sombrios, relacionados com o domínio do mundo material segundo os gnósticos. Para alguns, as zonas representativas das Sete Torres estariam relacionadas com a queda ou descida dessas Sete Potências.
Na verdade, como podemos ver, toda essa bagunça esotérica trata de uma das consequências da verdadeira guerra entre potências angélicas nas regiões celestiais. Cada “exercito” tem suas peças neste mundo e as move de acordo derrotando as peças adversárias. Evidentemente, se trata de uma guerra ilusória para os demônios, pois cada “vitória” sua é permitida para um maior prejuízo seu e dos seus seguidores e para maior glória de Deus no dia do acerto de contas.