Ao longo da história, diversos foram os movimentos que buscaram modificar a alma humana através da sua ligação com o Criador. Nos primórdios do cristianismo, as heresias tentaram confundir os primeiros apóstolos induzindo-os a acreditar que Deus poderia ser expresso em duas naturezas, um deus bom e um deus mau. A matéria passava a ser vista como negativa e perigosa e, com ela, o mundo. A heresia gnóstica era apenas uma delas, que continha como meta a destruição do mundo criado com a desculpa do seu aperfeiçoamento. Grande parte das heresias do início do cristianismo estiveram ligadas à negação do dogma da Encarnação.
Está nas primeiras heresias a raiz do que hoje chamamos de mentalidade revolucionária ou propriamente a Revolução, conjunto de crenças e propostas unidas por uma lealdade espiritual cujo inimigo e alvo é a ortodoxia doutrinária católica. Com o passar do tempo, essas ideias foram ganhando manifestações diversas e adaptativas em relação às tentativas e erros. Nos últimos séculos, o combate da Descendência da Serpente, nome que logo acusa a sua origem, deteve-se na eliminação de todos os resquícios e sinais visíveis ou invisíveis (culturais) do catolicismo e da Lei de Deus na sociedade. Mas isso só logrou êxito maior na modernidade, quando estes sinais da fé puderam ser finalmente extirpados da alma humana.
Este é o tema do ensaio intitulado “Qual a verdadeira causa por trás das revoluções”, um trecho de um livro em andamento que trata da estrutura das revoluções e sua identidade ao longo dos séculos, que pode ser acessado na plataforma do Substack do Instituto Estudos Nacionais clicando aqui.