Desde as primeiras notícias de casos do então chamado novo coronavírus, em fevereiro de 2020, ainda na China, percebi que deveria observar o fenômeno atentamente, sob pena de deixar passar um episódio verdadeiramente ímpar na história do jornalismo. Neste aspecto, o que a princípio pensei se tratar de mais uma campanha sensacionalista, a exemplo do Aquecimento Global, efeito estufa e tantos outros casos de propaganda ideológica que conduziu a ações políticas internacionais, o caso da pandemia foi muito mais relevante e constitui-se numa das maiores demonstrações de poder dos donos da mídia sobre as massas.
O livro explora a hipótese bastante razoável de uma hipnose coletiva e aponta para os riscos futuros deste uso do jornalismo.
De repente, o mundo inteiro estava refém dos canais de mídia a espera do que fazer, como fazer, como se comportar, quais remédios usar e, é claro, o que esperar do futuro do mundo. O termo “novo normal” se tornou o vocábulo de estimação dos especialistas surgidos nas telas de TV e nos portais de notícia.
Eu sabia que, assim como em 2008, o mundo estaria refém do mesmíssimo processo de agenda setting. Restava saber a que nível chegaria o controle social. Não precisou muito tempo para ficar claro a todos os que detinham algum conhecimento sobre as agendas globais. O novo coronavírus conduzia a política e a saúde pública a uma centralização e a um nível nunca antes visto de controle. Mas se isso jamais fora visto, já havia sido lido, como em tantas distopias do cinema e da literatura, a realidade imitou também os sonhos dos mais influentes engenheiros sociais da modernidade.
O livro originado dessas observações tratou principalmente do discurso, das campanhas e confissões abertas daquilo que os poderosos da indústria farmacêutica, aliados à mídia e a governos, queriam de fato fazer há muito tempo.
Assim, o livro se chamou Pandemídia: o papel do jornalismo no medo e no controle social em 2020 e 2021, porque trata especificamente da pandemia enquanto fenômeno midiático-jornalístico. O livro conduz o leitor a uma série de análises conceituais e históricas sobre o papel do jornalismo na atividade transformadora. Não nega, porém, a existência do vírus, da doença e das mortes, tampouco trata cientificamente da efetividade ou não de vacinas ou de medicamentos. A reflexão vai no sentido de apontar o outro lado daquele debate enquanto ele se travava na esfera pública e de todas as ações e reações do sistema para suprimir vozes discordantes.
Da mesma forma, sem negar os fatos, coloca-se um ponto de interrogação sobre os relatos. Afinal, a confusão existente entre fato e relato constitui precisamente aquilo a que a modernidade consentiu chamar de “opinião pública”, uma espécie de ficção contratual no qual o jornalismo pega emprestada a credibilidade, já indireta e problemática, de esferas científicas que já não gozam de grande legitimidade.
O medo social, como caminho preferencial para conduzir massas ao controle almejado, tornou-se ao longo dos anos analisados (2020 e 2021), o principal critério jornalístico, sobre o qual foram sendo redirecionados todos os demais.
Uma tetralogia?
Talvez por trazer afirmações sintetizadas das obras anteriores como suporte de reflexão, Pandemidia pode formar uma imperfeita tetralogia a partir dos três outros livros sobre jornalismo (A transformação…, Fake News, Fake check…), que tratam, em seus contextos, do mesmo fenômeno da mentira institucionalizada que se tornou a atividade jornalística de nosso tempo, um produto pautado já funcionalmente pela agenda global do uso de técnicas sociais para o controle da sociedade e tutela rumo à utopia democrática.
“Não tenha medo de sentir medo”, dizia um outdoor em Portugal. A partir desse exemplo podemos vislumbrar a sociedade almejada pela elite globalista, unida à indústria farmacêutica e do entretenimento jornalístico. Esta foi a sombra que surgiu sobre a sociedade ocidental ao longo daqueles anos e tema do livro recém lançado pela Estudos Nacionais Publicações, selo do Instituto Estudos Nacionais.
Respectivamente, a suposta tetralogia tratou, desde 2026, de uma série de fenômenos e aspectos do controle social por meio da mídia: o fenômeno ambientalista no jornalismo (A transformação social), a criação das fake news como forma de controle (Fake news), da organização da censura por meio dos seus fiscalizadores da verdade (fake check) e, por fim, da entrada da saúde pública como forma de incrementar o medo e impulsionar as massas ao controle total.