Mesmo depois que das escolas se converterem em um dos lugares mais perigosos e inóspitos para se deixar uma criança nos últimos anos, com ataques, abusos de toda a sorte e assédios ideológicos agressivos, ativistas promotores do aborto e de ideologias anti-humanas buscam criminalizar famílias que educam seus filhos em casa associando-os justamente àquilo que eles mesmos promovem: à violência. É isso mesmo que você leu.
A ONG feminista Portal Catarinas, que em 2022 ajudou a pressionar a Justiça para realizar um aborto em uma menina de 11 anos, em SC, que acabou na execução do bebê de quase seis meses de gestação, publicou recentemente uma matéria em tom de denúncia sobre a preocupação de famílias educadoras com as eleições para o Conselho Tutelar. No subtítulo, a reportagem intitulada “Canais de homeschooling no Telegram se mobilizam para eleição do Conselho Tutelar“, acrescenta a seguinte frase: “Em contrapartida, organizações de direitos humanos lançam iniciativas a favor da participação popular e em defesa aos direitos das crianças e adolescentes”. Ou seja, para eles a participação das famílias cristãs não é participação popular, mas sim a dos órgãos de defesa das pautas ideológicas.
A reportagem utiliza tom policial e tenta associar as famílias, em sua maioria católicas, à violência doméstica com base em dados de suas associações irmãs e omitindo a violência nas escolas. Citando o número de 22 mil vítimas de violência familiar, a ONG tenta criminalizar famílias que já vem sendo vítimas de perseguição judicial e jornalística por quererem educar seus filhos conforme os valores cristãos.
Por trás da denúncia, há o profundo medo de que crianças educadas com valores cristãos e conservadores possam escapar das agendas identitárias promovidas pela esquerda em todo o mundo.
Os dados da matéria
Os dados apresentados são da Agência Pública, conhecida por disseminar falsas checagens e ser favorável à censura, e da OpenDemocracy, órgão apoiador da agenda antifamília e também defensora de regulação da internet. Segundo eles, em 2022, foram registrados 22.527 casos de maus-tratos. A ONG cita ainda o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, segundo o qual a violência física contra menores “é, em sua maioria, um problema doméstico”. Para acusar as famílias de promover a violência contra menores, eles citam a proibição dos castigos físicos, a chamada “lei da palmada”, aprovada em 2014.
Mas a reportagem omite propositalmente os dados sobre a violência no ambiente escolar, que por serem muito maiores, foram deixados de lado de uma honesta comparação.
O Instituto Data Senado, após uma pesquisa feita por meio de entrevistas com adolescentes de 16 anos ou mais, em maio de 2023, mostrou o espantoso número de quase 7 milhões de pessoas vítimas de violência no ambiente escolar nos últimos 12 meses.
O relatório revela que, dos 59,8 milhões de estudantes brasileiros, 6,7 milhões passaram por alguma experiência de violência escolar nesse período, o que representa 11% do total de estudantes do país. Esse quantitativo se revela preocupante e alerta para a necessidade urgente de medidas de combate à violência nas escolas. No ano passado, relatórios sobre os ataques em escolas deixaram de fora uma série de fatores, como o assédio ideológico por parte dos promotores da chamada Ideologia de Gênero, assim como de grupos e movimentos de cunho satanista e neonazista.
Além da experiência escolar dos entrevistados, a pesquisa traz informações a respeito dos estudantes que coabitam com eles. Investigou-se, assim, se houve violência escolar com cada um desses alunos. Cerca de 11% dos estudantes sofreram algum tipo de violência escolar nos últimos 12 meses, o que totaliza 6.730.480 estudantes. O relatório sobre violência nas escolas feito pelo Senado pode ser acessado aqui.
Riscos à criança
Não é de hoje que pais temem mandar seus filhos para a escola. Mesmo deixando de lado os assédios ideológicos promovidos por pedagogos e professores seguidores de intelectuais polêmicos, além de ONGs financiadas por bilionários interessados na criação de mão-de-obra barata e desprovida de vínculos familiares, há a onda de ataques em escolas, que tem vitimado crianças e adolescentes.
Após o ataque a uma escola em Suzano, no início do ano de 2023, um comentarista da TV Globo imediatamente acusou as famílias homeschooling por uma “ideologia anti-escola” como responsável pela onda de ataques. Por mais paradoxal que tenha sido o seu comentário, o vídeo viralizou e a intenção era desarmar as famílias diante do óbvio argumento em favor delas representado pela onda de violência nas escolas. Ou seja, ao contrário do que seria natural, a explosão de violência nas escolas se tornou um argumento contra a família e não contra a escola.
Muitos ataques são perpetrados por adolescentes com simpatias neonazistas e satanistas, além de misóginos, o que os militantes das redações e das ONGs buscam associar ao ambiente familiar, apesar de criticarem a “excessiva” fé religiosa católica dessas famílias. Fica evidente a contradição, mas quem lê as matérias militantes não percebe e pode ser levado a acreditar que uma família católica pode gerar satanistas e neonazistas.
Mas, afinal, as ideias extremistas estão disponíveis por toda a internet, e quem tem mais contato são justamente as crianças e adolescentes que têm livre acesso a celulares, o que é uma raridade em famílias católicas e numerosas, menos ainda as homeschoolers. Esse dado é obviamente omitido pelos ativistas.
A reportagem tenta esconder que os autores de ataques são adolescentes doutrinados nos fóruns e sites de neonazismo e satanismo que vem sendo disseminados sem controle através de colegas em escolas, provocando explosões de ódio e problemas psicológicos graves em crianças e adolescentes.
O caso de uma adolescente lésbica que matou crianças simplesmente porque queria ser chamada por pronome masculino, é mais uma evidência disso. Mas o clima de ódio abarca uma série de fatores, sendo o insistente assédio ideológico um dos vetores que favorecem explosões de violência entre adolescentes sem a maturidade para lidar com questões complexas. Mas é sabendo precisamente disso que os ativistas preferem alvos cada vez mais jovens, na mesma medida em que a histórica militância em favor de pedófilos no século passado.
A sexualização
Além da violência literal contra crianças e adolescentes, fruto do aliciamento ideológico promovido e incentivado por professores e pedagogos contemporâneos, há ainda os danos provocados pela conduta dominante do próprio contexto de ideologias justificadas por hábitos imorais. Em 2022, o Estado de Santa Catarina abriu investigações sobre ao menos 43 casos suspeitos de assédios cometidos por professores contra crianças e adolescentes em escolas estaduais. As ocorrências envolviam comentários e toques inapropriados contra às alunas a até a ida de servidores com estudantes da educação básica para motéis.
Esse tipo de atitude, embora pareça algo anedótico e isolado, faz parte do contexto metodológico estudado nas faculdades de medicina.
Mesmo assim, ONGs ativistas acreditam que será a escola que irá “interromper o ciclo de violência sexual”. Um documento recente do MEC propõe que será o Estado a proteger as crianças dos predadores familiares. Este era o mesmo argumento dos pedófilos clássicos, que argumentavam que a proteção sexual da criança era uma neurose e possuía traços de sadismo por parte dos pais. Esse argumento foi um dos utilizados por Alfred Kinsey, o médico e monstro acusado de centenas de abusos, mas ainda hoje usado como marco das análises de comportamento sexual por parte de acadêmicos.
Se queremos exemplos disso, é bem fácil encontrarmos na internet. Em um trabalho acadêmico intitulado: “Educação para a Sexualidade a partir da Biologia: Vamos falar de kinsey?”, um doutorando em educação na UFPB, publicou, na Revista Diversidade e Educação:
As preocupações quanto às identidades sexuais e aos modos de controle de produção e expressão das mesmas levou a sociedade ocidental, nos diversos momentos históricos, especialmente a partir do início do século XX, a criar mecanismos de controle da sexualidade. E o principal espaço de domínio e produção de uma verdade sobre a sexualidade foi a escola. Não obstante, a escola é, também, um dos principais espaços de contestação, sob a condição de que se reconheça a diversidade sexual e de gênero e se criem espaços de garantia da presença de corpos/sujeitos que tensionem a lógica binária e a cisheteronormatividade