O curso As Portas do Inverno: história da esquerda na Igreja Católica no Brasil, reabre as inscrições no momento em que começa a ser oferecido o terceiro módulo do curso: a influência da KGB na criação da teologia da libertação. A inscrição pode ser feita aqui.
A trama conhecida principalmente após a denúncia feita pelo ex-agente da Stb, Mihai Pacepa, em seu célebre livro Desinformação, ganha novas fontes bibliográficas e informações inéditas que contextualizam a situação da estratégia soviética entre as décadas de 40 a 60, e sua ligação com as opções da própria cúria romana de então.
O principal ator que aparece no início desse módulo é o ditador soviético Nikita Khruschev, que ao buscar marcar seu governo pela expansão do comunismo no mundo, esteve por trás das “guerras de libertação” em todo o mundo, como as revoltas africanas anticolonialistas, contra o apartheid, a criação do Exército de Libertação Nacional na Colômbia e Bolívia, além da Organização pela Libertação da Palestina. A criação da teologia da libertação foi um episódio dessa grande campanha de propaganda promovida pelo Kremlin, que guarda incríveis semelhanças com as atuais propostas de um eixo global antiocidental representado pelo “mundo multipolar” e BRICS.
O curso, que abriu inscrições no início do mês passado, oferece uma nova chance a quem não se inscreveu e traz a história das conspirações que miraram a Igreja Católica desde o século XVIII, baseando-se nas sucessivas denúncias como a de Abbé Barruel, na Revolução Francesa, os documentos da loja maçônica Alta Vendita, no século XIX, além da obra Conjuração Anticristã, de 1910, como um verdadeiro apanhado dos ataques que culminaram na infiltração da KGB no século XX.
Com densa bibliografia e uma história contextualizada, o curso é dedicado especialmente aos católicos que desejam compreender as duas faces do Corpo Místico de Cristo, a Igreja Romana e seus inimigos, a fim de buscar ver nela o que há de essencial ao longo da história da Barca de Pedro.