A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), conhecida por ser apoiada por entidades controversas como a Open Society Foundations, do bilionário financiador da extrema esquerda, George Soros, decidiu integrar o governo Lula através de um assento no Conselho de Transparência, Integridade e Combate à Corrupção, que faz parte da estrutura da Controladoria Geral da União (CGU).
Os filiados à associação não foram consultados, mas a presidente da entidade alegou que “o estatuto da Abraji determina que a diretoria é a instância para as decisões estratégicas”. O governo Lula tem sido visto como grande oportunidade para segmentos radicais das causas ultraidentitárias avançarem sua agenda de regulação da sociedade por meio de pautas “politicamente corretas”.
Embora defenda valores como “independência”, a Abraji pertence à estrutura de ONGs mantidas pela rede financeira da esquerda internacional, com manutenção de projetos ideológicos, cursos e seminários, além de prêmios concedidos especialmente para a formação de jornalistas dentro da doutrina de bilionários como George Soros, principal mantenedor de causas identitárias e racialistas pelo mundo. Entidade de Soros também aparece como uma das financiadoras do debate que levou à pauta da regulação das redes sociais. Em 2018, o bilionário disse abertamente que as redes sociais são uma “ameaça à democracia”.
Agora, além da filiação às agendas globais, a Abraji pertence ao próprio governo de esquerda que implementa uma agenda de censura e perseguição de vozes opositoras.
Para se justificar, porém, a presidente da associação, inscrita como apoiadora e mantenedora de agências de fact-checking, cometeu uma fake news em entrevista ao site Poder 360. Katia Brembatti disse que o grupo “não é um órgão do governo”, o que é falso: o conselho da CGU é coordenado e funciona por iniciativa direta do próprio Poder Executivo.
Na entrevista, Katia admitiu, porém, que a Abraji já está integrando o governo há algum tempo, ao participar de reuniões no grupo intitulado “Observatório de Violência contra Jornalistas e Comunicadores”, ligado ao Ministério da Justiça, além do “Fórum Nacional de Liberdade de Imprensa”, do Conselho Nacional de Jornalistas (CNJ).
Recentemente, o dono do Twitter, Elon Musk, se referiu ao bilionário progressista George Soros como alguém que “odeia a humanidade” por conta da natureza de seus financiamentos pelo mundo. Com especial atenção voltada ao Brasil nos últimos anos, Soros é o principal responsável pela criação da Fundação Marielle Franco, cujo objetivo declarado é “formar lideranças políticas progressistas”. A fundação foi criada após doação bilionária de Soros, que também custeou os estudos do ex-deputado Jean Wyllys em Harvard.
Rede ideológica e financeira
A Abraji faz parte da rede de favorecimentos ideológicos da esquerda financeira internacional, representada por fundações filantrópicas que visam controlar os rumos da política e, mais recentemente, através da influência discreta no Judiciário e Legislativo por meio de ONGs através da prática do “advocacy”. A rede de entidades ligada ao bilionário George Soros é uma dessas entidades mantenedoras de ativistas e que está historicamente ligada à Abraji.
De acordo com o site da Open Society Foundations (OSF), cerca de US$ 100 mil foram doados em 2021, como parte de um projeto com duração de 3 meses, para a Abraji. Os recursos partem de uma outra entidade de Soros, a “Foundation to Promote Open Society” (FPOS), braço financeiro da OSF. A entidade diz financiar o “fortalecimento das democracias” pelo mundo. No entanto, o seu método para isso é a exploração de contradições e conflitos para gerar crises sociais e ampliar a participação política e social de movimentos não eleitos pela população e defensores de pautas opostas aos valores morais da sociedade.
A rede de Soros atua dentro das leis, mas com intenção de corromper o sistema de valores das sociedades, com fins na mudança progressiva das legislações e controle dos sistemas de justiça das nações. Em 2018, entidades financiadas por Soros estavam presentes em audiências por todo o Brasil, incluindo a que julgou casos de aborto no STF, com grande influência sobre órgãos jurídicos. O bilionário é frequentemente defendido de críticas por grandes veículos de comunicação, devido ao alinhamento ideológico e à gratidão pelas doações às causas da esquerda compartilhadas nas redações e grupos associados, como a própria Abraji.
De acordo com o site de monitoramento de financiamento de ideologias, Influence Watch, entre 2008 e 2018, o FPOS doou nada menos que US$ 3,8 bilhões a organizações sem fins lucrativos, “especialmente grupos de defesa e ativistas de esquerda e extrema-esquerda”.
“Após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, a Fundação concentrou-se na suposta discriminação contra os muçulmanos e apoiou o reconhecimento legal do casamento entre pessoas do mesmo sexo”, explica o site, apresentando todo uma extensa relação de recursos investido nos últimos anos.
Em 2018, em resposta ao questionamento de Estudos Nacionais sobre o conflito de interesses que poderia comprometer a independência da atividade por conta do caráter ideológico de seus financiadores, a diretoria da Abraji respondeu, por e-mail, da seguinte forma:
“As diversas empresas e organizações que financiam projetos da Abraji – incluindo a OSF, citada especificamente na pergunta – não têm ingerência na linha de atuação da entidade”.
Ligada a essas entidades há vários anos, porém, os programas de financiamento de entidades internacionais mantém um acompanhamento que permite a manutenção da linha de interesse dos financiadores, o que indica que a entidade financiada pode perder a qualquer momento o fornecimento de recursos tão logo se afaste da linha de interesse da entidade fonte dos recursos. Em 2014, a entidade publicou um relatório de monitoramento da mídia digital no Brasil, constando lista de entidades e seu posicionamento. O documento buscou aprofundar a capacidade de seus financiados na influência social, isto é, na prática do advocay.
“estabelecer pontes entre pesquisadores e policymakers, ativistas, acadêmicos e instituições
de regulação mundiais. Também amplia a capacidade de análise de políticas públicas em países onde esta é
menos desenvolvida, encorajando stakeholders a participarem e gerarem transformações. Ao mesmo tempo, a
pesquisa cria embasamento para que possam ser estabelecidas estratégias de advocacy, proporcionando tanto
a capacitação quanto o enriquecimento do debate.
George Soros é o principal doador do Partido Democrata, nos Estados Unidos, e sua entidade é frequentemente acusada de interferir nas eleições através de suas doações e do controle de movimentos e entidades ligadas ao jornalismo e a causas sociais.