Sem mencionar invasões e crimes cometidos pelo Movimento dos Sem Terra (MST), portal oficial do governo federal mantém desde o início de abril uma página especial sobre o MST, considerando-o como um movimento da “sociedade civil”, dedicado a “formação de cidadãos e organizações”. O movimento será alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o financiamento das atividades criminosas do MST. Em 2014, o movimento tentou invadir a sede do Supremo Tribunal Federal.
Responsável por mais de 30 invasões de propriedades rurais desde o início do governo, o MST é histórico aliado do partido de Lula, o que explica ter ganhado uma página em apoio pelo governo, mantida pela Controladoria Geral da União, com elogios ao movimento considerado por muitos como terrorista. O líder do MST, João Pedro Stédile, viajou com Lula à China no mês de abril, em um sinal de apoio e amizade entre o presidente e a organização.
O MST é um movimento de caráter marxista-leninista, com influência assumida no maoísmo, que matou mais de 100 mil pessoas na China. A organização defende o seu modelo de “reforma agrária” e não reconhece o atual modelo de organização fundiária do país, motivo pelo qual promove invasões violentas de propriedades.
Mas para a CGU do governo Lula, os terroristas do MST se dedicam ao “fomento à participação cidadã, à defesa de direitos e à mobilização da sociedade.” Além disso, a página mantida pela CGU apresenta erro no endereço da entidade, afirmando ter sede em São Paulo, mas com um CNPJ (04.531.181/0001-33) que está registrado em Santa Vitória (MG).
A CPI do MST deverá ser instalada na Câmara dos Deputados para investigar quem financia esse tipo de movimento. Historicamente, o MST é apoiado por entidades internacionais e movimentos espalhados pelo mundo.
O movimento também foi responsável pelos protestos mais violentos ocorridos em Brasília em pleno governo petista, o que foi encarado com normalidade e sem grandes prisões, diferente das manifestações populares de 8 de janeiro, quando o governo Lula usou a insatisfação com o seu governo para dar início a uma das maiores ondas de perseguição política da história recente.
Em 2014, o movimento tentou invadir a sede do Supremo Tribunal Federal, que teve que suspender a sessão por 50 minutos devido à ameaça às instalações físicas da corte, conforme registrou o site UOL à época.
No início de abril, uma reunião ordinária da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília, pediu ao STF que ações do MST sejam tratados como “terrorismo”. A classificação ainda não tem amparo legal no ordenamento brasileiro, motivo pelo qual o ministro Alexandre de Moraes nem o governo conseguiram classificar os manifestantes antipetistas de 8 de janeiro dessa forma. As invasões de propriedade, no entanto, sinalizam o anseio de subverter a organização política do país, além do fato dos seus militantes serem adeptos de ideologias abertamente totalitárias.
Em 2022, uma página do MST publicou elogios à ditadura totalitária de Mao Tse Tung, na China, responsável pela sangrenta Revolução Cultural. No texto, repleto de defesas abertas ao totalitarismo chinês, o autor se refere às mortes e ao genocídio perpetrado por Mao como parte de sua “luta anticorrupção”. O texto minimiza as mortes que levaram ao genocídio conhecido em todo o mundo e não menciona a chamada “fome de Mao”, objeto de reportagens e relatos assombrosos sobre a mais antiga ditadura comunista do mundo.
O texto chega a terminar com uma evocação aos “ensinamentos” de Mao, recomendando a sua leitura e prática. “Hora de voltar a ler, e praticar, os ensinamentos do camarada Mao!” Sem vítimas para lamentar e nem leis que punam a defesa de genocídios, militantes do MST gozam do acobertamento e adesão do próprio governo brasileiro.