Em sua reação contra o Google nesta terça-feira (2), após a plataforma fazer críticas ao PL 2630 e alertar para o risco de censura, o Ministério Público Federal de São Paulo se utilizou de material confeccionado por um laboratório de ativismo de esquerda, que assumidamente visa produzir conteúdos de “marketing de guerrilha” e diz fazer ativismo para “desenvolver ações políticas”.
O relatório usado pelo MPF pode ser baixado e lido aqui.
A reportagem publicada em 18 de março pelo jornal Gazeta do Povo voltou a circular depois da divulgação de que o MPF se utilizou do conteúdo do laboratório de ativismo, que foi objeto da reportagem. Trata-se de uma espécie de “gabinete” que funciona dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro, (UFRJ), intitulado Netlab. Dentro dele, porém, funciona outro grupo intitulado LabAtivo, focado no ativismo radical de extrema esquerda.
De acordo com o jornalista e advogado Leandro Ruschel, o procurador responsável por entrar com os pedidos de explicação ao Google foi o mesmo que abriu investigação contra a Jovem Pan, seguindo a campanha de censura da milícia Sleeping Giants.
“Se não bastasse, o pedido do MP utilizado para pressionar o Google é baseado num relatório da Netlab da UFRJ, basicamente um aparelho de esquerda”, explicou Ruschel.
Dentro do NetLab, funciona o LabAtivo, um laboratório assumidamente de ativismo, que admite utilizar “ferramentas e teorias da comunicação com os contextos políticos, culturais e tecnológicos através de produtos de comunicação” para nada menos do que “pensar, discutir e desenvolver ações políticas”. A iniciativa demonstra ter grande capacidade e vínculos para influenciar as decisões política do país, através do que chama de “marketing de guerrilha” e aparecem associados às causas de Marielle Franco, cuja fundação foi criada após um financiamento milionário do magnata George Soros.
Uma das ligações do LabAtivo é através de uma irmã de Alessandra Orofino, fundadora de outro grupo de ativismo de extrema esquerda, o Nossas.org, que mantém a plataforma BONDE, contratada pela milícia digital Sleeping Giants, e que desde 2013 recebeu nada menos que U$S 2 milhões em doações do grupo Luminate, organização filantrópica fundada pelo Grupo Omidyar, fundador do Intercept.
Conforme levantou a Gazeta, Orofino também é responsável pela direção do programa de TV GregNews, apresentado pelo ativistas de extrema esquerda, Gregorio Duvivier e é ligada ao youtuber radical Felipe Neto, ligado atualmente à defesa das pautas do governo federal.
Os projetos de pesquisa do laboratório também incluem dois sócios da empresa Twist Systems, uma startup de tecnologia e análise de dados e tráfego com inteligência artificial, que tem em sua carteira de clientes uma agência de “checagem” (Aos Fatos), além de grandes veículos de imprensa, como Globo, R7, e empresas milionárias como a Andrade Gutierrez, Volvo e Marinha do Brasil.
Rede de militâncias
O LabAtivo é uma versão mais técnica de iniciativas como o “Observatório da Extrema Direita“, que funciona em parceria entre a Universidade Federal de Juiz de Fora, PUC e FGV, para monitorar e aplicar narrativas da esquerda contra usuários, jornalistas e políticos conservadores. Eles funcionam como um setor de embasamento e narrativa ideológica, aplicando métodos científicos e técnicos de análise com os fundamentos ideológicos da esquerda abrigada nas universidades. O objetivo é dar verniz científico e técnico para a elaboração de relatórios e materiais que alimentam decisões do Judiciário ou do MP, como no caso em questão, com o fim de perseguir e restringir a liberdade de expressão de vozes críticas da esquerda que não contem com respostas previstas na cartilha desses grupos.