Na chamada “Fome de Mao”, tragédia que levou à morte mais de 45 milhões de chineses, os agricultores eram obrigados a trabalhar porque deviam ao Estado, que era devedor da URSS. Agora, o governo Lula quer tornar o agronegócio brasileiro devedor do Estado chinês, o que na prática pode converter produtores do país em verdadeiros escravos coloniais, repetindo a macabra receita de Mao e, no mínimo, seguindo o caminho da Venezuela de Hugo Chavez.
Os acordos firmados entre o governo Lula e o regime comunista chinês terão o poder de colocar os produtores brasileiros na condição de verdadeiros escravos, endividando de antemão um dos setores mais produtivos do país em troca de “cooperação sustentável”. Sob a forma de acordo comercial, Lula vende a preço de banana o trabalho do agronegócio e converte as terras brasileiras em colônia chinesa, ampliando de maneira exponencial a dependência brasileira que já existe em relação à China.
A receita não é nova. Lula quer repetir o que fez Hugo Chavez, responsável pela conversão da Venezuela à condição de total dependência chinesa. Mas a semelhança mais assustadora é com a grande fome de Mao, o plano chinês que levou à morte por fome mais de 45 milhões de chineses. O princípio é o mesmo: usar a comida, os grãos, como moeda e forçar trabalhadores a produzi-la sob a forma de endividamento.
Lula acertou com os chineses que eles entram com a tecnologia para transformar áreas degradadas em pasto ou áreas de plantio, sem que produtores precisem desmatar. Isso faz parte da meta do “desmatamento zero” do governo. Mas como o Brasil irá pagar por esse maravilhoso serviço? A resposta é: com o trabalho servil e escravo do agronegócio brasileiro, que se tornará devedor automático com o dragão vermelho do oriente.
Como bem explicou o colunista Leonardo Coutinho, Lula penhorou o agronegócio e o resultado pode ser a conversão do setor mais eficiente do Brasil em uma situação de completa dependência ou, para resumir, na sua destruição total.
Afinal, a China já é hoje o destino de mais de 33% das exportações agrícolas do país, sendo 68% das exportações de soja. Ou seja, esta já é uma situação de dependência, que será aprofundada pela parceria entre PT e PCCh.
Diante dessa dependência, a situação de negociação fica absolutamente desigual, podendo os chineses barganhar para baixar os preços ou até levar sem pagar.
“Como credores de uma dívida de US$ 100 bilhões contraída por Lula, mas que será paga pelos agricultores brasileiros, o Partido Comunista Chinês (PCCh) vai ter o cenário perfeito para manobrar em favor de seus interesses estratégicos”, explicou o colunista.
Foi exatamente o que aconteceu com a Venezuela, cujos ditadores são e foram amigos e parceiros de Lula via Foro de São Paulo:
“Em 2019, nada menos que 25% da produção de petróleo da Venezuela era enviada para a China a título de pagamento de dívidas. Uma fatura colossal que ajudou em muito a empurrar o país para o abismo onde se encontra até hoje”, diz Coutinho.
Essa é literalmente a meta dos amantes do poder chinês, que como explicou recentemente o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em palestra no Foro de Madri, a China não experimentou nenhum tipo de ruptura desde 1949, sendo essencialmente um país comunista que apenas modificou o instrumento de controle, aumentando o uso da economia de mercado para escravizar outros países em benefício do estado chinês.
A grande parceria entre o governo chinês e o brasileiro é tão atrativa unilateralmente para os chineses, que Lula pôde até mesmo se gabar de ter liberado a compra da carne brasileira, embargada pela China. É claro, com toda a vantagem de ter toda a produção de alimentos do Brasil devedora do país, isso não é nada.
Mas a condição que o plano petista põe o Brasil não é simplesmente análoga à escravidão ou à colonização por exploração. Trata-se da literalidade de uma relação que muitos pensavam que havia ficado no século XVI.
Ataques ao agro e trabalho forçado
Durante as eleições, Lula chamou produtores do agronegócio de “fascistas”. Em seus primeiros meses de governo, na primeira viagem à China, o presidente da Apex, Jorge Viana, criticou o setor mais produtivo do Brasil diante dos seus potenciais clientes chineses. O centro da crítica de Viana ao agro diz respeito ao desmatamento, alegando que a devastação é utilizada para a pecuária brasileira. Este tema é central nos acordos entre os dois países.
Recentemente, uma operação do Ibama vem sendo deflagrada na Amazônia, com cabeças de gado sendo confiscada de produtores sob a justificativa da proteção ambiental. Fazendeiros de Humaitá, Lábrea, Manicoré, Apuí e Canutama preveem caos social e econômico na região onde tem cerca de 500 mil animais.
Os produtores rurais e criadores de gado do sul do Amazonas estão recebendo notificações do Ibama para que retirem todos os animais de áreas embargadas. Ao mesmo tempo, levem o gado a pastos regularizadas pelo Instituto de Proteção Ambiental (Ipaam). O Ibama também exige o cumprimento das normas ambientais e sanitárias nessa retirada. O órgão justifica as medidas: cessar a degradação ambiental e propiciar a recuperação da área degradada.
O governo sabe que grande parte do agro no Brasil é formada de bolsonaristas, isto é, opositores do seu governo. Assim como na China de Mao, opositores do regime são punidos de forma drástica, com o uso da máquina estatal e das narrativas ambientalistas para impor ao produtor um regime de terror e insegurança.
A situação poderá se agravar ainda mais se os acordos com a China forem firmados da forma como estão sendo pensados, já que Lula impõe como punição a um setor que vê como opositor a transformação em senzala para exploração do trabalho, como devedores do Partido Comunista Chinês. Qualquer semelhança disso com o envio de críticos dos regimes comunistas a campos de trabalho forçado, não é mera coincidência, já que o sonho declarado e admitido do PT é a imitação mais do que literal do modelo chinês.