Mark Zuckerberg, executivo-chefe do Facebook, admitiu ter censurado conteúdo pró-vida, contrário à legalização do aborto, na Irlanda, para ajudar na aprovação da prática no país, em 2018. A informação, noticiada pelo site Irish Post, no dia 11 de julho, diz que o executivo simplesmente baniu anúncios de grupos norte-americanos durante a votação do referendo irlandês.
Sites pró-vida demonstraram sua indignação com o fato de Zuckerberg ter se orgulhado de fazer isso e ainda recomendado que governos façam o mesmo.
Segundo informações do site do Centro Dom Bosto, durante o Aspen Ideas Festival, evento realizado no último mês de junho, Zuckerberg declarou que os países deveriam policiar os tipos de publicidade permitidas na mídia social. Nesse contexto, ele relatou que o Facebook procurou o governo irlandês para informar que ativistas pró-vida dos Estados Unidos estavam apoiando o “não ao aborto” na Irlanda. Ele se diz especialmente indignado contra a interferência do que chama de “grupos americanos” que estavam tentando “influenciar” a opinião pública irlandesa.
Lila Rose, fundadora da plataforma LiveAction, engajada na defesa da vida humana desde a concepção, respondeu com um vídeo no Twitter às afirmações de Zuckerberg e denunciou vários casos de enviesamento ideológico do Facebook e do Twitter em prol do aborto. Ela recorda, por exemplo, que Sheryl Sandberg, uma das altas executivas da rede social de Zuckerberg, doou 2 milhões de dólares ao conglomerado internacional de clínicas abortistas Planned Parenthood, acusado até mesmo de tráfico de partes do corpo de bebês abortados.
Enquanto isso, Lila Rose, segundo ela própria, está suspensa do Facebook e do YouTube, além de banida do Pinterest e com acesso impedido à publicação de anúncios no Twitter, ao passo que anúncios abortistas estão sendo livremente permitidos.
É chamativo e preocupante que executivos de grandes multinacionais da mídia, tanto digital quanto tradicional, demonstrem cada vez mais abertamente a sua propensão a censurar as liberdades de expressão de modo a privilegiar as suas próprias ideologias – e que, hipocritamente, o façam alegando precisamente a suposta defesa da “liberdade de expressão” de todos.
Informações CDB