Reino Unido: números da tragédia
Na Inglaterra, o aborto é legalizado desde 1967. No ano de 2015, um relatório do Governo mostrou que 10% dos abortos no país são feitos após 13 semanas de gravidez. O relatório traz um detalhe interessante: o recorte da pesquisa se restringe apenas aos abortos realizados por pessoas de 15 a 44 anos e residentes no país, totalizando 185,8 mil procedimentos naquele ano. Mas o total de abortos realizados no Reino Unido, em 2015, foi de 191.014.
Após 48 anos da legalização do aborto no Reino Unido, o número anual de abortos subiu de 23 mil para 191 mil, um aumento de 730%, diante de um crescimento populacional de apenas 10% ao longo do mesmo período.
Nos últimos 10 anos, 8% dos abortos foram feitos após a 13 semana de gestação, ou seja, um número significativo de abortos em estágios mais avançados da gravidez.
Apenas 2% dos 185 mil abortos de 2015 foram considerados Risco E, que é quando a criança nasceria com sérios problemas de saúde. Isso significa que 98% dos abortos podem ser caracterizados como a morte de crianças saudáveis.
Reincidência
Ainda segundo o relatório do governo, 38% dos abortos foram realizados por mães que já tinham feito um ou mais abortos, mostrando reincidência. Este dado pode indicar que a legalidade incentiva e predispõe à aceitação do aborto como recurso válido.
A lei pró-aborto estimula o turismo abortista
Conforme os dados do Governo, houveram 5.190 abortos realizados por estrangeiros não residentes. Esse número está fora dos 185 mil, conforme foi dito anteriormente. Isto é: milhares de pessoas de outros países viajaram para Inglaterra ou Gales para fazer um aborto quando em seus países não é permitido.
O site elondres.com.br, que dá dicas para pessoas interessadas em viajar para Londres tem um post especialmente dedicado para orientar possíveis viajantes interessados em aliar o turismo e o aborto de seu filho.
Em 2016, o UOL Notícias publicou uma matéria, traduzida do The New York Times, sobre a polêmica de mulheres que postaram no Twitter enquanto viajavam para o Reino Unido para fazer aborto.
Evolução dos números na Inglaterra e país de Gales
O gráfico abaixo mostra a evolução do número de abortos por cada 1000 mulheres, entre 15 e 44 anos de idade, desde 1969. Ao contrário do que se fala por aí, vemos uma tendência crescente no número de abortos há quase 50 anos.
Entre os grupos de pessoas que mais recorreram ao aborto no período estão os negras. Conforme os dados do Governo do Reino Unido, as mulheres que recorreram ao aborto pela primeira vez em 2015, 31% eram negras. Foi o maior grupo, seguido de grupos dos miscigenados. No grupo das mulheres que recorreram pela segunda vez a uma aborto, em 2015, o grupo dos negros também aparece com maior percentual, empatado com os miscigenados; e o mesmo se repete na estatística das mulheres que recorreram a aborto pela terceira vez na vida.
Entre 2005 e 2010, 32% dos abortos eram reincidentes. Dez anos depois, a reincidência aumentou para 38%. Isso pode indicar a possível ineficácia dos trabalhos de conscientização em países onde o aborto é legalizado.
Verifica-se também que 7% das mulheres eram menores de 18, e 16% menores de 19. Assim, 23% de abortos feito por mulheres menores de 19 anos. Ou seja, a grande maioria dos abortos (mais de 77%) é feito por mulheres já adultas que poderiam dar continuidade a gravidez e criar seus filhos mais facilmente do que as jovens.
Desde 2005, a estatísticas mostra que o percentual de abortos realizados após a 13 semana está na casa dos 8 a 10%.
Evolução dos números do aborto
Em 1968 o número de abortos foi de 23,6 mil. Em 1972 passou para 159 mil abortos. Chegou aos ápices em 2007 com 205 mil abortos e desde então está variando na casa dos 185 a 190 mil por ano.
Outro dado importante é que apenas 24% das mães que fizeram aborto em 2015 eram solteiras, viúvas ou estavam sem companheiro ou marido. A maioria (76%) tinha marido ou companheiro.
Aborto de Fetos com graves problemas de formação
Outro dado assustador é ver que apenas 263 fetos anencéfalos foram objeto de aborto. Isso, em um total de 3.213 abortos de fetos com deficiências de má-formação mental ou do corpo. Ou seja, 0,13% dos fetos eram anencéfalos. Mesmo assim, no Brasil e outros países as campanhas pela legalização do aborto começam pelos casos de anencefalia, abrindo o precedente para outras situações até a legalização completa. Usam a excepcionalidade para abrir o precedente para a morte de milhares de outros fetos saudáveis.
Esses dados também podem fazer refletir que houveram 3,2 mil abortos de deficientes. Descontando os 263 casos anencéfalos, temos um total de 2.950 fetos que tinham alguma malformação ou deficiência menor, como síndrome de down, deficientes visuais ou auditivos etc. Pessoas as quais qualquer pessoa, mesmo com um nível básico de humanidade, sabe que tem grandioso valor e devem ter seu direito a vida garantido.
Mais uma vez, as críticas da eugenia para com grupos pró-aborto mostram-se mais fortes e pertinentes. Não há argumentos para defender a legalização do aborto.
Fontes:
Relatório oficial do Governo do Reino Unido (2015)
https://www.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/570040/Updated_Abortion_Statistics_2015.pdf
Estatísticas compiladas
http://www.johnstonsarchive.net/policy/abortion/uk/ab-ukenglandwales.html