Nesta quarta-feira, o Instituto Estudos Nacionais anuncia o lançamento do livro O Sol Negro da Rússia: as raízes ocultistas do eurasianismo, de Cristian Derosa. O livro traz uma pesquisa densa sobre as influências esotéricas e o simbolismo difundido pelas ideias do ideólogo russo Aleksandr Dugin e seus colaboradores, bem como a infiltração dessas ideias na direita europeia, norte-americana e também no Brasil. Uma verdadeira rede de influências tem se beneficiado da desilusão de parte dos conservadores e católicos com a crise moral do Ocidente, o que tem levado alguns a apostarem na Rússia como baluarte do tradicionalismo.
As ideias de Aleksandr Dugin começaram a ficar conhecidas a partir do debate com o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho. Apesar de o filósofo ter desmascarado a ideologia russa em detalhes constrangedores, aquele momento marcou a entrada definitiva da influência de Dugin em solo brasileiro, o que ficou evidente em palestras, congressos e livros sendo lançados por editoras montadas por apoiadores. O duguinismo já é um movimento considerável no Brasil, tendo expoentes ligados a partidos políticos de esquerda e movimentos ditos de direita. Influenciadores bolsonaristas chegaram a flertar com o neofascismo russo no ano passado, o que causou certa polêmica.
Fruto das operações de subversão soviéticas, a ideologia globalista vem enfrentando uma crise de legitimidade até mesmo entre a esquerda, que vem apostando em um tipo de utopia alternativa representada pelo BRICS. Este movimento, que traz em si um tom anti-sistema, vem sendo útil a uma espécie de reciclagem da esquerda em todo o mundo através de movimentos neofascistas, monarquistas e tradicionalistas, evocando símbolos históricos, a volta do nacionalismo.
O que se esconde de maneira não tão discreta, porém, é o esoterismo maçônico e sua face negra, isto é, o chamado Iluminismo das Trevas, vertente subjetivista e ao mesmo tempo tradicionalista, que enfatiza discursos e símbolos de força e violência contra a modernidade. O “antimodernismo igualitário”, como já foi tratado em artigos no site do Instituto, é uma vertente pouco conhecida da mentalidade revolucionária, sob a qual a nova Rússia de Vladmir Putin tem apresentado a solução para os problemas criados no século passado pela própria Revolução Comunista mundial e seus frutos.
Nunca a frase “a Rússia espalhará seus erros pelo mundo” foi tão verdadeira. Mesmo após os erros do comunismo, Dugin e seus seguidores anseiam por dobrar a meta propondo a reunião de nazismo, fascismo, comunismo e satanismo esotérico em uma única plataforma supraideológica. Por trás da proposta do Mundo Multipolar, esconde-se uma bipolaridade da guerra entre os continentes, as nações terrestres contra as nações marítimas, uma dualidade que Dugin resgatou de fontes geopolíticas, mas também místicas ligadas à mesma origem da utopia globalista da New Age do século passado.
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