O Instituto Estudos Nacionais buscou ao longo dos anos combater as ameaças à vida humana, à soberania nacional e aos costumes da sociedade brasileira e cristã. Durante os primeiros sete anos de sua existência, sua atividade foi marcada pela denúncia por meio de estudos aprofundados e pesquisas, que culminaram na publicação de livros e obras de forma pioneira. Um dos seus primeiros êxitos foi a publicação da primeira edição brasileira do clássico da opinião pública, A Espiral do Silêncio, da cientista política Elisabeth Noelle-Neumann, um livro cuja ausência no mercado editorial brasileiro representava um atraso de mais de 40 anos.
Estudos e reportagens sobre a agenda do aborto no Brasil e no mundo também foram parte constituinte deste trabalho de esforço e dedicação, com o qual resistiu heroicamente os impactos e ameaças da censura e da militância da esquerda sob a ideologia globalista que ambiciona o controle total da informação, assim como da vida humana.
O Estudos Nacionais foi pioneiro na publicação de conteúdos, estudos e reportagens de forma independente, distanciado dos critérios de pauta do jornalismo mainstream, cuja natureza transformadora e revolucionária também fomos pioneiros na denúncia e alerta à sociedade, com obras como A Transformação Social: como a mídia de massa se tornou uma máquina de propaganda, o primeiro título publicado pela editora, já em seu primeiro ano de existência.
Foi devido a essa independência que o EN sofreu violentas perseguições durante o governo de Jair Bolsonaro, classificado como “bolsonarista” meramente por denunciar as agendas que promoviam o aborto, a ideologia de gênero e as demais pautas internacionais. Com isso, sofreu censura e perseguição de milícias virtuais mantidas por financiadores externos e auxiliadas por suas bases institucionais do Estado.
Sem financiamento temos total independência
O EN nunca teve apoio governamental, tendo uma estrutura de tecnologia mínima, de baixo custo e funcionando graças ao trabalho voluntário de seus fundadores e colaboradores.
Devido à força e impacto de seu conteúdo, equivocadamente alguns detratores já questionaram se o projeto teria algum financiador poderoso atuando por trás. A realidade inconveniente para alguns é a de que, devido à qualidade, relevância e profundidade de seu conteúdo, pareceria impossível manter tal projeto sem verbas de financiadores aos olhos de quem vive de esquemas bem financiados. Uma mensagem verdadeira, transmitida de modo profissional, ainda que feita nas horas vagas, de um trabalho voluntário, é mais poderosa que mentiras propagadas por grandes máquinas de propaganda ideológica.
O EN também tem sido um pioneiro no alerta sobre as ideologias de terceira posição, que crescem sob a forma de células neofascistas mantidas e estruturadas por oligarcas russos e alimentadas pela ideologia de Alexander Dugin. Da mesma forma, vem alertando para o avanço de ideias tradicionalistas do perenialismo e do islamismo, em meio a grupos e movimentos ditos conservadores, um perigo sobre o qual poucos se arriscam a denunciar.
Em 2023, o Instituto inaugurou a plataforma de cursos de formação, mantida pelo editor Cristian Derosa, intitulada Observatório. Nele, os assinantes têm acesso a diversos cursos dados ao longo dos anos, sendo abastecido periodicamente com novidades de formação em jornalismo, opinião pública, geopolítica e os fenômenos das ideologias modernas.
O Instituto EN e a obra de Olavo de Carvalho
Desde a sua fundação, em 2016, a editora Estudos Nacionais iniciou com a proposta de realizar, no meio editorial e no campo das ideias, o projeto cultural, jornalístico e pedagógico proposto pelo filósofo Olavo de Carvalho, ainda que nem sempre tenhamos explorado essa realidade através do uso da imagem do professor como espécie de “garoto-propaganda”, como se convencionou nos últimos anos a partir de uma grande quantidade de iniciativas conservadoras, todas louváveis e meritórias. Em parte, o que sempre distinguiu o Instituto de outras iniciativas tem sido a forma como o legado do professor aparece.
Essa postura se deve principalmente a uma atitude de prudência, motivada em grande parte pela percepção de como certas atividades intelectuais, políticas ou culturais, que se apresentavam sob a “bandeira” do filósofo, acabaram se convertendo e favorecendo uma espécie de “agenda antiolavista”, contribuindo para episódios de polêmica jornalística que mais entristeceram o filósofo no fim de sua vida. Essas iniciativas, que muitas vezes começavam com um alegado “olavismo” em fidelidade quase caricata, tornaram-se invariavelmente redutos de intelectualismos estéreis, motivados por interesses questionáveis, alimentados por ressentimentos, frustrações e ingratidões, trilhando caminhos que foram da rejeição invejosa a uma lamentável combatividade como características fundamental.
Muito do que gerou esse problema, compreendemos como resultado da adesão superficial, mera simpatia por declarações ou posturas públicas que se tornaram conhecidas ao longo da carreira jornalística e polêmica do professor, sem que a sua obra filosófica fosse devidamente aprofundada. Foi para evitar esses equívocos que buscamos associar o trabalho jornalístico, cultural e editorial do Instituto, ao estudo de obras como a Teoria dos Quatro Discursos, tese profundamente associada à natureza do trabalho de difusão da verdade promovido pelo professor, bem como à sua forma característica de compreender, explicar e prever os fatos. Em suma, enquanto se repetia “Olavo tem razão” nas praças e páginas de influenciadores e até políticos, buscávamos entrever o método pelo qual o professor demonstrou acerto em suas previsões históricas, seja da política, da geopolítica ou mesmo de questões espirituais profundamente ligadas à política.
O fruto desse enfoque por parte do Instituto tem sido, desde seus primórdios, uma sequência de antecipações de fatos e acertos na previsão de tendências culturais e políticas, muitas vezes enfrentando a indiferença e o ressentimento por parte da opinião pública, assim como paradoxalmente uma perseguição nem tão velada vinda das forças interessadas em manter sob o véu do segredo certos processos histórico-ideológicos.
Muito além, portanto, de declarações públicas ou preferências políticas, que deram ao professor mais transtornos do que a necessária percepção pública da importância da sua obra para o pensamento humano, o Instituto Estudos Nacionais se define como uma iniciativa de cooperação com a verdade da forma como o professor procedeu ao longo de sua carreira.
Na solitária denúncia do Foro de São Paulo, diante da indiferença omissa dos meios de comunicação, o IEN vê o verdadeiro testemunho daquilo que implica o cumprimento do dever. Um de seus célebres ensinamentos recomendava que seus alunos não se preocupassem demasiadamente com os efeitos daquilo que faziam, mas fundamentalmente em fazer a coisa certa. Todavia, foi justamente a preocupação excessiva com o futuro e com os efeitos que levaram muitos a se considerarem verdadeiros oráculos, traindo seu mestre e, com ele, o ideal da busca pela sinceridade interior e defesa da verdade acima de tudo.
Portanto, diferente daqueles que fazem de Olavo um estandarte de virtude emprestada, assim como daqueles que o dedicam elogios acompanhados das famosas ressalvas, o Instituto Estudos Nacionais prioriza o seu ensinamento, principalmente no que se refere aos métodos de análise da linguagem e da estrutura dos movimentos políticos e espirituais do Ocidente.
Jornalismo católico
Outro aspecto relevante do trabalho do IEN ao longo do tempo tem sido a defesa da Igreja Católica sob o aspecto da sua doutrina, defesa da vida humana, soberania nacional e demais tópicos. Essa perspectiva foi gradativa na atuação jornalística, visto que foi sendo alimentada pela percepção cada vez maior de que é a Igreja Católica o principal obstáculo às agendas revolucionárias, seja a do chamado globalismo, ligado à esquerda cultural do Ocidente, seja a dos revolucionários ortodoxos eurasianos e do tradicionalismo perenialista.
Dessa forma, o trabalho do EN busca refletir, em meio a um mundo cada vez mais secularizado, a voz da Igreja segundo a sua tradicional interpretação sobre os processos revolucionários históricos e culturais, bem como, no decurso das degradações linguísticas que possibilitaram os avanços dessas agendas. Neste sentido, recorremos a certos conceitos que auxiliam na definição dos problemas, como o conceito de mentalidade revolucionária, de Olavo de Carvalho, o espírito revolucionário, de Lezec Kolakowski, assim como aproximações ligadas aos costumes, como o conceito de Revolução e Contra-Revolução, de Plinio Corrêa de Oliveira e os de gnosticismo, segundo Eric Voegelin, em relação com a modernidade.
Formado e mantido por católicos, o Instituto busca uma definição apropriada para a difusão de conteúdo católico, ainda em construção, de maneira a diferenciar-se das iniciativas já fracassadas em nosso tempo, seja pela combatividade inútil e às vezes sectária de grupos tradicionalistas, seja pela excessiva conciliação com a linguagem moderna, criadora de uma retórica omissa e amoldada às necessidade explicativas do mundo, o que conclusivamente trouxe mais danos do que avanços. O necessário equilíbrio entre esses equívocos igualmente danosos à verdade constitui uma das principais preocupações do Instituto para melhor descrever os fenômenos e promover necessárias reações, seja institucionais ou populares, contra o avanço das agendas ideológicas revolucionárias.
Como forma de manutenção da atividade do Instituto, disponibilizamos algumas modalidades de financiamento coletivo e apoio por meio de doações periódicas ou isoladas.