A era da informação foi um mito disseminado ao longo do final do século XX, fruto do deslumbre com as novas tecnologias e a chamada revolução das comunicações. A internet trouxe grande expectativa de que as comunicações trouxessem interatividade e consequentemente melhorias na participação popular da política. Mas tão logo postas em prática, as novidades interativas como as redes sociais fizeram as elites da comunicação e das finanças globais, promotoras das mesmas utopias libertárias, empenharem-se em trazer de volta o fantasma do controle da informação e da censura.
Por trás das preocupações com segurança, e muitas vezes fomentando os seus riscos para justificar o controle, grupos financeiros e de comunicação vêm colaborando para implementar meios totalitários de tutela informativa, o que teve início com o que chamamos de politicamente correto. Mas de onde vem isso?
Nos últimos anos, o Instituto Estudos Nacionais, por meio do seu selo editorial, teve a ousadia de trazer ao público diversos títulos que desmistificaram essa utopia, expondo suas contradições por meio da história das ideias que fundamentam tanto as expectativas do passado quanto a sua frustração que levou à censura.
Relacionamos apenas quatro dos muitos títulos disponíveis sobre o tema atualmente na Livraria do Instituto EN. Veja quais são:
1. A transformação social: como a mídia de massa se tornou uma máquina de propaganda
Neste livro, lançado em 2016, procurei expor as teorias da comunicação não sob o tradicional aspecto de ciência e busca pelo conhecimento, mas como técnica que foi sendo estabelecida em meios universitários, nas redações e ONGs ao longo do tempo.
2. A Espiral do Silêncio: opinião pública, nosso tecido social
Em 2017, o selo Estudos Nacionais foi o primeiro da história do Brasil a trazer uma edição do livro publicado originalmente em 1980, sobre as reflexões da cientista política Elisabeth Noelle-Neuman, que conduziram à sua elaboração da chamada teoria da espiral do silêncio. Nele, Neuman analisa a razão das contradições entre pesquisas de opinião e o pleito eleitoral, levando às conclusões sobre um fenômeno social comum nas democracias. Trata-se de uma cadeia de silenciamentos que começam com o medo do isolamento social, o que fatalmente tem sido utilizado por grandes grupos de mídia como forma de constrangimento e construção de consentimentos públicos.
3. Fake News: quando os jornais fingem fazer jornalismo
Em 2018, quando o Brasil se preparava para uma das eleições mais acirradas da sua história, publicamos este título com o objetivo de explicar o que verdadeiramente estava por trás das campanhas contra a desinformação. A partir de uma história do jornalismo e de suas opções editoriais, busquei relacionar o quanto a atividade esteve ligada à mentira como forma de manipulação e como isso se intensificou após a decadência e frustração com a utopia da informação.
4. Fake Check: a máfia por trás da censura
Neste livro, buscamos expor a estrutura, os métodos e a manipulação existente na máfia dos checadores que trabalham em defesa da menor e mais poderosa minoria do. mundo: os bilionários. O viés de suas checagens já se tornou tão evidente e escandaloso, que pouca gente ainda duvida. Mesmo assim, além da descrição estrutural e administrativa de alguns órgãos de mídia voltados ao fact-checking, este livro conta, ainda, com uma relação de falsas checagens e sua contextualização, o que dará ao leitor uma ideia. clara do quanto a mentira pode ser apresentada sob o disfarce da luta contra a mentira.
Outros títulos sobre o tema estão disponíveis na Livraria do Instituto EN, tanto sobre as utopias globais e os métodos de manipulação quanto a história desses movimentos e ideologias.