Saudado por militares brasileiros em sua chegada nesta madrugada, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou ao Brasil para um encontro com o presidente Lula na noite deste domingo (28). Na agenda, o ditador irá ao Palácio do Planalto onde tem reunião privada com Lula, seguida da assinatura de atos em conjunto. A notícia teve repercussão negativa nas redes sociais na manhã desta segunda, diante das horas prestadas por militares brasileiros na chegada do ditador.
A visita foi um convite de Lula, que em abril assinou o retorno do Brasil à Unasul, órgão de integração entre países de esquerda na América Latina.
Acompanhado de sua esposa, Cilia Flores, Maduro participará na terça-feira (30) de um encontro de presidentes da América Latina ligados ao Foro de São Paulo, organização comunista do continente criada por Lula, em 1990, que reúne facções e movimentos extremistas e é associada a ditaduras por todo o mundo.
O ditador publicou em suas redes sociais um agradecimento pela “calorosa acolhida” e citou o desenvolvimento de uma agenda diplomática que reforce “a união dos povos do continente”.
Acusado de graves violações de direitos humanos por organismos internacionais, a visita de Maduro foi referida pelo Itamaraty como “normalização das relações bilaterais”. O governo anterior havia rompido relações com a ditadura chavista de Maduro, que sucedeu Hugo Chavez e mantém-se no poder desde então. A Venezuela também é uma parceira de países como a China, Turquia e a Rússia de Putin, com quem tem acordos de cooperação e frequentemente faz exercícios militares em conjuntos.
“Será ocasião, também, para que os presidentes conversem a respeito dos processos de diálogo interno na Venezuela, com vistas à realização das eleições de 2024”, informou o Itamaraty.