A agência Aos Fatos, entidade que é apoiada por grupos estrangeiros, está monitorando grupos de Whatsapp em busca de mensagens de usuários contrárias ao PL da Censura. É o que revela uma de suas reportagens sobre “correntes contrárias ao PL das Fake News”, publicada em seu site.
A reportagem demonstra o quanto a agência está empenhada em monitorar a opinião de grupos que debatem o polêmico projeto, que teve a votação adiada nesta terça-feira, na Câmara dos Deputados. Aos Fatos é conhecida por monitorar supostas fake news, fiscalizando a presença de supostos boatos ou notícias falsas na internet. No entanto, é recorrente que tais agências considerem falsas as opiniões contrárias às teses da esquerda ou, atualmente, do governo federal.
Sob a justificativa de monitorar possíveis boatos falsos, a agência descobriu que a oposição ao PL é unanimidade nos grupos políticos de Whatsapp.
é unanimidade negativa no WhatsApp: todas as 113 correntes que circularam em grupos de política monitorados pelo Aos Fatos atacam a proposta.
Os conteúdos, dando conta de que o projeto instituiria censura no país, foram encaminhados ao menos 160 vezes.
Sem espaço no Whatsapp, a agência possui um grupo no Telegram, plataforma que virou alvo do Judiciário na última semana. Em suas “checagens” mais recentes, a Aos Fatos tem perseguido plataformas nas quais suas postagens, ou grupos e opiniões de esquerda ou governista, têm pouca penetração. A agência rotula essas plataformas como “reduto de extremistas”.
Na matéria em questão, a Aos Fatos chegou a repetir uma falsa checagem, publicada na última semana, sobre a possibilidade de o PL 2630 censurar conteúdo religioso, o que foi classificado como verdadeiro pelo EN, em matéria recente.
Entre seus últimos textos, a grande maioria é composta de defesas da imagem do governo petista, embora uma das condições para a ostentação do selo de verificadores da International Fact-Checking Network (IFCN), seja o apartidarismo.
Um exemplo do duplo padrão e enviesamento ideológico, político e partidário da Aos Fatos, é a matéria intitulada: “Após pregar pânico moral na eleição, desinformação sobre Lula mira a economia”, Nela, sob a aparência de uma análise objetiva e qualitativa, a agência finge detectar uma mudança no padrão das críticas a Lula, mas o faz classificando, a priori, todas as críticas como “desinformação”. Além disso, a preocupação com o “pânico moral” só existe sobre as críticas ao PT, já que durante a pandemia os principais alvos da agência eram sites, perfis, jornalistas e médicos que alertavam para o sensacionalismo e o pânico gerado na imprensa, que afirmava a inexistência de tratamento para a covid-19. Assim como outras agências semelhantes e igualmente apoiadas pelos mesmos grupos, financiados por Facebook e Google, a Aos Fatos também buscou gerar pânico na população sobre a doença.
Sua parceria com o Google, que nesta semana foi alvo do governo, possibilitou a redução do alcance de sites e perfis que publicassem informações diferentes da grande mídia sobre a doença, o que incluiu ataques a médicos em verdadeiras operações de destruição de reputação.
Com um estilo textual que simula objetividade, essas agências são mantidos por grupos profundamente ligados a causas sociais da esquerda, como a Open Society Foundations, do bilionário George Soros, que em flagrante abuso de poder econômico, financia ONGs e movimentos para se apresentarem como “sociedade civil” em fóruns, audiências públicas e até em audiências do Supremo Tribunal Federal. Organismos financiados pelas mesmas fontes abastecem as notícias dos jornais, como mostrou recente relatório do Sembra Media, também financiado pelos mesmos grupos.
No livro Fake Check: a máfia por trás da censura, analisei quantitativamente o enviesamento político das principais agências de checagens, chegando ao resultado de cerca de 86,36% de viés e apenas 10% de neutralidade.