Em um comunicado emitido nesta quarta-feira (3) e divulgada pela revista Oeste, a produtora Brasil Paralelo afirmou ter apresentado os dois lados em um documentário exibido sobre a PL da Censura (PL 2630). Nesta terça-feira (2), o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou que a Polícia Federal ouvisse o presidente da empresa após acusação feita em reportagem da Folha de S.Paulo.
“A reportagem da Brasil Paralelo sobre o PL2630 apresentava os pontos de vista favoráveis e os contrários ao projeto de lei, de acordo com os princípios do bom jornalismo”, afirma a empresa, em nota.
No documento, a BP também defendeu a possibilidade de debater temas que estejam na pauta do Legislativo, o que é assegurado em regimes democráticos.
Nesta terça, após a polêmica envolvendo a Google, que culminou na retirada de uma opinião da empresa contra o PL da Censura, o ministro Alexandre de Moraes, motivado por uma reportagem da Folha de S. Paulo, determinou o depoimento dos presidentes da Google, Spotfy, Meta e Brasil Paralelo à Polícia Federal.
A Folha acusou as empresas de impulsionarem o conteúdo crítico do projeto de censura que seria votado pelo Congresso na terça-feira, mas que foi adiado. Moraes acusa as empresas de suposto “abuso de poder econômico” e “contribuição para a desinformação”.
Leia a nota completa da produtora
“A reportagem da Brasil Paralelo sobre o PL2630 apresentava os pontos de vista favoráveis e os contrários ao projeto de lei, de acordo com os princípios do bom jornalismo. A empresa entende que o trabalho dos legisladores do país pode e deve ser debatido para o bem de nossa democracia. Qualquer regulação da livre circulação de ideias precisa ser amplamente debatida para que não cause mais danos do que benefícios”.