As redes de desinformação da Rússia tiveram início já no início da década, quando conflitos com a Ucrânia começaram a aparecer. No entanto, as ideias por trás da nova política do Kremlin vêm sendo desenvolvidas há bastante tempo. Nesta semana, muitos conservadores ficaram espantados com alegações de que o âncora da Fox News, Tucker Carlson pudesse ser um desinformante da Rússia. A necessidade de estudar este aspecto da influência russa nunca foi tão relevante quanto agora, quando o governo Lula se aproxima de alinhar-se ao Kremlin, tema que divide a esquerda brasileira e internacional.
O site Estudos Nacionais vem tratando do tema desde o início da guerra, quando publicamos artigos sobre a ligação de Aleksandr Dugin e movimentos separatistas no leste europeu. Essa ligação, que se dá por meio de um nem tão novo arranjo ideologico-retórico do Kremlin, faz parte de um projeto de longo prazo que diz respeito às diretrizes geopolíticas traçadas pela Rússia logo após uma primeira fase ocidentalizante no final dos anos 1990.
O relatório publicado pelo EN apresenta uma introdução a cerca deste tema que deve interessar grande parte do segmento conservador, especialmente os que costumam opinar sobre política externa.
A pesquisa iniciada no início de 2022, com o princípio do conflito armado no leste europeu, levantou algumas informações de relevância sobre as ligações entre altos funcionários do Kremlin, oligarcas russos de grande influência e ideólogos importantes que coordenam movimentos ao redor do mundo. O resultado deste estudo foi o início das publicações do relatório, que traz resumidamente algumas conclusões e aspectos de especial interesse de quem deseja compreender o papel da Rússia no ecossistema da desinformação na internet.
Um dos pontos mais relevantes para o estudo da questão é a rede de financiamento de nomes como Konstantin Malofeev, ligado ao mesmo tempo a Putin e ao ideólogo Aleksandr Dugin, de movimentos jovens pela Europa, incluindo algumas entidades conservadoras.