Em sua viagem à China comunista, Lula disse que irá “equilibrar” geopolítica com apoio à ditadura chinesa e critica Nações Unidas por não ser mais autoritária. O presidente foi ao país firmar acordos em que pretende endividar produtores brasileiros com a China em troca de tecnologia.
Em viagem à mais longeva ditadura comunista do globo, Lula se reuniu com empresários e com o presidente Xi Jinping para firmar acordos que incluem o endividamento de produtores do agronegócio brasileiros. Além disso, o presidente discursou e deu entrevistas na defesa de um maior autoritarismo global. Pedindo mais reforço em direção da paz mundial, Lula se colocou ao lado dos países menos democráticos.
A abordagem de Lula na China e em relação à geopolítica tem representado uma guinada em direção dos países menos democráticos e apoiadores de guerras, como a Rússia e seus aliados, e a China, que ameaça a soberania de Taiwan, também chamada “República da China”. Ao contrário do ex-presidente Jair Bolsonaro, que em discursos na ONU pedia mais protagonismo das nações, Lula propõe a submissão das nações à autoridade mundial e pede que essa autoridade seja mais forte e autoritária.
Além disso, a viagem de Lula em momento de ameaça de Pequim contra a ilha de Taiwan representa um apoio explícito à possível invasão comunista ao país formado por dissidentes da revolução maoísta de 1949.
Em entrevista ao canal China Media Group, o presidente Lula propôs mais força no poder global, especialmente na gestão e controle do que diz respeito às guerras e ao meio ambiente, pautas que se ligam respectivamente a questões ligadas a soberania e recursos naturais dos países:
“O mundo está precisando de uma governança global mais forte, sobretudo quando se trata de discutir dois temas: a paz e a questão climática”, disse o presidente.
Em uma abordagem nada modesta, Lula propôs nada menos que “equilibrar” a geopolítica mundial, o que ele disse acreditar que ocorrerá através do seu apoio à mais antiga ditadura comunista do mundo.
“É junto com a China que nós temos tentado equilibrar a geopolítica mundial discutindo os temas mais importantes”, disse Lula, que pretende ampliar o poder dos países do bloco BRICS no mundo.
Lula acusou os EUA de “preconceito” contra chineses por restringir o uso de tecnologia da empresa Huawei, suspeita de espionagem por meio de seus aplicativos. O presidente visitou a fábrica da empresa e disse apostar no uso da tecnologia suspeita de origem comunista. Os EUA criticaram a aproximação do Brasil com a tecnologia 5G da Huawei durante o governo de Jair Bolsonaro.
“Ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China”, disse Lula em discurso após a visita à empresa. A Huawei é acusada de utilizar informações de seus usuários em benefícios do Partido Comunista da China.
Veja abaixo, entrevista de Lula ao canal chinês