Depois do ataque à escola de Blumenau, ameaças a escolas da região começaram a ocorrer, assim como boatos de que teriam ocorrido outros massacres, desmentidos logo em seguida. Em Brasília, mensagens prometendo ataques fizeram fechar escolas, ampliando o policiamento. Outras ameaças levaram a medidas semelhantes em Santa Catarina, Minas Gerais, Maranhão, Pernambuco e Sergipe.
O medo tem crescido entre educadores, pais e alunos de escolas públicas e privadas de Pernambuco, nesta segunda-feira (10), segundo informa a Folha de Pernambuco. Após unidades escolares de Palmares, Arcoverde e do Recife sofrerem intimidações desde o domingo por meio de redes sociais e do WhatsApp, a Secretaria de Defesa Social soltou nota para dar esclarecimentos informando já ter tomado providências contra os autores das ameaças e iniciado um patrulhamento ostensivo.
A direção da Escola Estadual João Guimarães Rosa, em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), também está em alerta desde que recebeu uma ameaça de massacre. O aviso foi escrito na porta do banheiro feminino e dizia: “massacre no dia 20/4/2023. Me aguardem!”.
Autoridades preparam efetivo de segurança para o dia 20 de abril, dia de Tiradentes, mas aniversário do massacre de Columbine, há 24 anos.
Em Joinville, cidade do norte de Santa Catarina e próximo a Blumenau, uma professora conta que a escola em que trabalhava recebeu ameaças de que um aluno iria atacar crianças com uma machadinha. A ameaça ocorreu antes do ataque a Blumenau, o que indica que os autores compartilham o mesmo grupo em que foi lançado o mesmo desafio cumprido pelo autor do massacre de Blumenau.
Isso também pode indicar que antes de um ataque real são feitas ameaças como que para despistar o ataque, que ninguém sabe onde vai ocorrer.
Ainda em Joinville, na manhã desta segunda-feira (10), foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos supostos autores. Na última semana, a DPCAMI recebeu denúncias de pais e professores apontando que perfis fakes no Instagram estavam propagando ameaças de atentados em escolas.
Em um dos perfis, que fazia referência a uma escola estadual localizada no bairro Paranaguamirim, foi postado um story com a frase: ““não vai sobrar um nessa escola Lúcifer te apresento essas almas como sacrifício me de forças e vida longa 666” (sic).
Em outro perfil, também criado no Instagram com intuito de causar temor nos alunos e professores de uma escola municipal no bairro Aventureiro, uma mensagem dizia: “(…)o maior massacre mais visto da história irá 5 rapazes que irei levar para me ajudar esperei minha vida toda por isso e vou conseguir fazer com sede de vingança” (sic).
Um professor da rede de ensino de Joinville está sob custódia, usando tornozeleira eletrônica, depois de comentar elogiosamente os massacres de Blumenau. Segundo testemunhas, o professor dizia que “tem gente demais no mundo”.
Na semana passada, pouco antes da tragédia que matou quatro crianças em Blumanau, uma atiradora trans matou seis pessoas, incluindo três crianças, em uma escola cristã em Nashville, nos EUA. Um senador americano quer iniciar uma investigação sobre crimes de ódio contra cristãos no país. A atiradora queria que seus colegas a chamassem com pronome masculino, uma das exigências que vem sendo impostas mesmo em escolas cristãs.
Foram descobertos produtos à venda em uma loja virtual em referência à violência LGBT contra críticos da agenda de gênero, que pregavam a violência e morte de quem se opusesse à agenda dita da “igualdade”.
Apesar do cunho anticristão e até satânico das ameaças, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, acusa opositores do governo pelo discurso que estaria motivando ataques a escolas.