Estados Unidos (EUA), West Virginia/LifeSiteNews: O governador republicano Jim Justice assinou na segunda-feira (02/03) uma nova legislação estadual que proíbe o infanticídio para sobreviventes de abortos legais no estado. A lei exige que sejam dispensados tratamentos médicos neonatais para qualquer bebê que saia vivo de um processo de aborto. Os médicos que descumprirem podem ter sua licença médica revogada.
A aprovação dessa lei comprova, mais uma vez, a nefasta realidade do aborto legalizado, que mostra-se inegavelmente assassina, onde seres humanos são largados a espera da morte por serem indesejados e seus corpos descartados como lixo, em hospitais e clínicas. Em um vídeo de 2013 uma enfermeira que atuou em um hospital no estado de Illinois, nos EUA, descreve um caso desses, que ela presenciou (veja aqui).
Os defensores do aborto tentaram desacreditar as leis dos nascidos vivos argumentando que o infanticídio é um mito e que as leis existentes já seriam suficientes para detê-lo. Como destaca o LifeSiteNews, vários ex-membros da indústria e especialistas confirmam que muitos casos de infanticídio acontecem, mas não são informados nos números oficiais. Leis federais existentes sobre o tema não determinam sanções penais específicas para quem se nega a dar tratamento médicos a bebês sobreviventes de abortos. No ano passado, o Partido Democratas (esquerda americana), na Câmara de Deputados, em nível federal, foram oposição a proposta de lei semelhante que poderia ter determinado punição para estes casos em todo o país. No mês passado, tentou-se pelo Senado americano um projeto similar, mas não foi vitorioso pela oposição do “Partido Democrata”.
Como é no Brasil
No Brasil, abortos são realizados em hospitais públicos até 20 ou 22 semanas de gestação, ou seja, 5 meses a 5 meses e meio de gravidez, ou ao limite máximo de 500 gramas do peso do feto. No caso presenciado pela enfermeira Jill Stanek no vídeo de 2013, ela descreve que segurou nos braços um bebê de 20 a 22 semanas, vivo após um aborto, mas nenhum cuidado neonatal foi dado ao bebê, que morreu em seguida pela falta de tratamento médico, ainda que estivesse dentro de um hospital. Não se tem registros, depoimentos ou confissões de casos similares no Brasil, porém, ocorrem quase 2 mil abortos “legais” ao ano no país e o limite de idade gestacional permite que ocorram casos como esses. Em palestra no Cremerj, em 31 de março de 2019, um médico brasileiro que faz abortos “legais” mostrou que há um número significativo de abortos que ele realiza após 20 semanas de gravidez, tendo alguns, sido realizados com mais de 22 semanas, possivelmente pelo baixo peso (menos de 500 gramas). Ao mesmo tempo, não existe no Brasil qualquer fiscalização sobre esse tipo procedimento, que é realizado por equipes que são favoráveis ao aborto em qualquer fase da gravidez. Se um bebê sobreviver e for deixado sem tratamento a espera da morte, provavelmente, ninguém que se opõe ao aborto saberá, ficando o infanticídio oculto.
Em 2019, o governo brasileiro gastou mais de 415 mil reais com os procedimentos de abortos “legais” e desde 2008 gastou mais de R$ 4,6 milhões em mais de 21 mil procedimentos. Embora saibamos que a maior parte foi morto com menos idade gestacional, dentre 21 mil casos, muitos devem ter ocorrido após 20 semanas. A pergunta que fica é: quantos sobreviveram ao aborto e foram deixados a espera da morte? Ainda que a morte dentro ou fora do útero tenha o mesmo significado porque a vida tem o mesmo valor, é bem mais fácil que leigos e burocratas, e até abortistas, percebam que a realidade desses abortos é desumana. Se no primeiro trimestre abortistas conseguem enganar algumas pessoas com argumentos de supostos “aglomerados de células”, ninguém, numa sociedade civilizada, deveria aceitar a ideia de um hospital largar um recém nascidos de 20 a 22 semanas a espera da morte.
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