Milton Spada
As universidades que receberão os milhões, vindos de metacapitalistas capitaneados por George Soros, terão a nefasta incumbência de preparar as vozes que irão bradar as necessidades de um mundo mais diversitário, e que fatalmente acabará em menos liberdades individuais.
O metacapitalista George Soros anunciou que vai dispor 1 bilhão de dólares de sua fortuna (estimada em 25 bilhões) para várias universidades pelo mundo, em um projeto que pretende combater “ditadores atuais, ou em gestação, bem como alterações climáticas”. Soros apressou-se em definir este como seu projeto de vida mais importante. Ele sabe que quem faz planos domina quem não faz. E controlar a educação no fim é o mesmo que decidir tudo.
O fato de a mídia tradicional receber a ação de Soros como algo digno de ser comemorado (afinal, ele vai investir em educação), não esclarece nada. Quem sabe quem é George Soros? Quem questiona quem ele é e o que representa? Por que o ditador norte-coreano Kim Jong-Un não está entre aqueles que o projeto de Soros irá combater?
Sua estratégia, aliada aos bilhões que faturou graças ao mercado de ações capitalista, é praticamente invencível, e Soros sabe da sua força. A certeza de seu poderio é a confiança de quem não está só: trata-se de um tipo de “testa de ferro” que se expõe para que outros não precisem levar pedras ou ovos na cara.
Escondidos atrás da sombra nebulosa de George Soros estão think tanks bem remunerados; poderosos como Rockefeller’s e Ford’s; sabe-se lá que miríade de grupos de endinheirados; fundações e ong’s aparentemente tão bem intencionadas. E acontece que explicar que esta aparente atitude virtuosa é na verdade uma engenhosa ação de controle global, eis uma tarefa que pode custar bem mais que os bilhões de Soros e sua trupe de globalistas.
A ideia de Soros não é outra senão a de formar futuras lideranças e grupos de intelectuais que vão servir para um único fim: a corrupção da lógica – aliás já em pleno andamento através de movimentos progressistas e partidos revolucionários mundo afora. Uma espécie de desconstrução de tudo o que deu certo na maioria das sociedades civilizadas.
Temos portanto uma prova concreta de que a degradação cultural que presenciamos hoje tem causa, meio, e efeito; não se trata do fluxo normal da história, como a mídia tenta disfarçar, mas de poderosos agindo como Zeus e mexendo os pauzinhos para alcançarem o que tanto desejam – o poder global.
No livro Política, Ideologia e Conspirações, já na década de 1970, os historiadores Gary Allen e Larry Abraham, esclareceram que o que estes grupos querem é um tipo de monopólio que “eliminaria todos os competidores e destruiria o sistema de livre iniciativa”; e que em política “nada acontece por acidente, mas porque foi planejado para acontecer”.
Podemos assim ter a certeza de que ao investir neste projeto supostamente educacional, o que o grupo representado por Soros menos quer é perder dinheiro. É uma aposta alta de reengenharia social, com desejos de diluição de soberanias e introduzindo uma submissão total a leis internacionais – especialmente editadas pela ONU. A contrapartida viria na garantia de que suas fortunas dinásticas não encontrarão concorrentes em parte alguma, se possível nunca mais. É quase a síntese do que querem os globalistas.
Ainda segundo Allen e Abraham, pouco importa para essa ‘turminha do bem’ se a fórmula para se chegar a tal estágio de controle mundial seja através da implantação do socialismo, usando religiões como o Islamismo ou qualquer outra forma de totalitarismo: “Eles não acreditam na conversa pra boi dormir pseudo-filosófica de comunismo, nem têm a menor intenção de dividir a própria riqueza”.
Os inimigos a combater são quaisquer governos que não pensem desta forma, por isso mesmo é que figurinhas deploráveis como o líder norte-coreano Kim Jong-Un não serão importunadas jamais, ao contrário do que acontece com Trump e Bolsonaro, como exemplos nominalmente citados por George Soros de lideranças que precisam ser combatidas.
Importante destacar também que não há nada de teoria da conspiração quando se busca demonstrar os interesses intrínsecos aos objetivos de homens como Soros. Seus atos estão cada vez mais transparentes e formando uma narrativa uníssona em praticamente toda esquerda radical; a tal ponto de isso já há muito ter formado uma mentalidade, com conceitos que não podem de forma alguma ser contestados – como se fossem dogmas.
Uma espécie de pasteurização global que pretende colocar sob o mesmo manto um multiculturalismo politicamente correto e devidamente dominado. “As classes sociais originais em luta, proletariado e burguesia, foram substituídas e multiplicadas”, relatou o escritor Flávio Gordon. “Toda ação humana foi politizada, ou seja, vista como disputa de poder, e todo indivíduo agora se vê como ativista de uma causa. Fulano já não é mais homossexual: ele agora é um combatente da causa LGBT… Sicrano não é apenas alguém que não come carne: é um vegetariano em luta contra o holocausto animal… Beltrano já não anda apenas de bicicleta: é um cicloativista contra o retrógrado sistema de locomoção urbano”… exemplificou o autor de A Corrupção da Inteligência.
E os exemplos poderiam seguir em extensa lista, já que a proposta é fazer surgirem novas e novas demandas, cada uma delas acreditando que seus objetivos pessoais e políticos têm um caráter metafísico. A mentalidade revolucionária foi transformada em um tipo de religião e conquistou hegemonia nos meios intelectuais e artísticos no Brasil e no mundo, impondo com isso que todos pensem da mesma forma, e, como não poderia deixar de ser, que todo tipo de bizarrices sejam aceitas como naturais.
Não faz muito tempo, Bela Gil, supostamente uma artista, lembrada apenas por ser filha de Gilberto Gil, contou que comeu a placenta após o parto de um dos seus filhos. E apressou-se em dizer que “É um órgão como um fígado. Se você come galinha, por que não comer sua placenta”? Sim, ela acha muito normal, e foi aplaudida em seu meio, talvez porque acreditem ter encontrado a solução para a fome no mundo.
Recentemente, Amanda Palha, um travesti que se diz marxista, e militante fervoroso de suas causas, foi mais longe. Não hesitou nem por um segundo durante um ciclo de debates em falar que o movimento LGBT precisa assumir que “queremos sim destruir a família“. Para ele, radicalizar é uma estratégia política de “crítica anti-sistêmica”, onde o sexo biológico é mero fetiche para ocultar a reprodução da força de trabalho. Ou seja, o velho discurso do caráter social do sexo. Há que se notar que em suas falas ele raramente usa a palavra sexo, ardilosamente substituída por gênero, como se isso magicamente resolvesse a fragilidade de seus argumentos. No entanto, caso você decida debater com um tipo destes e aceite suas regras, fatalmente sairá derrotado, posto que assumiu a linguagem que ele estabeleceu como correta.
No fim, casos como o de Amanda Palha não passam de desprezo por qualquer tipo de conhecimento mais profundo. Ele mesmo age apenas com a arrogância de quem acredita que o marxismo e suas vertentes têm respostas para todos os conflitos humanos; no entanto, caso fosse questionado sobre o tamanho do Estado que ele acredita ser o ideal para garantir seu estilo de vida, talvez caísse em flagrante desespero.
A exclusão da moralidade é a meta de líderes políticos que não precisam ser eleitos pelo povo – mas têm os meios para determinar os rumos da vida deste mesmo povo. Homens como George Soros são hoje os grandes fomentadores de um Estado totalitário internacional, e suas “boas ações” não passam de ferramentas para se chegar ao objetivo pretendido, que não é outro senão um centro de poder global onde eles darão as cartas.
Mas o mundo inteiro parece adormecido, sem capacidade de remover o véu que lhe encobre a visão. “O mal é bom, e o bem cruel”, já cantou Caetano Veloso, curiosamente também um fervoroso defensor da radicalização de ideias em nosso país.
As universidades que receberão os milhões, vindos de metacapitalistas capitaneados por George Soros, terão a nefasta incumbência de preparar as vozes que irão bradar as necessidades de um mundo mais diversitário, e que fatalmente acabará em menos liberdades individuais – por mais absurdo que isso possa parecer para figuras como Bela Gil e Amanda Palha.
Há que se refletir e buscar contrapontos para as ações que são boazinhas na aparência, mas que no fundo escondem a crueldade de quem não tem limites éticos nem morais. Do contrário, como bem alertaram os já citados autores Gary Allen e Larry Abraham, “A questão é, muito simplesmente, a possibilidade de que você e seus filhos sejam escravizados”.